quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


O Leitor
Por Sherman

Realmente, Kate Winslet arrasa em O Leitor. A interpretação da inglesa é fumegante, autêntica, e poderosa como uma mulher com alguns segredos, que nem de longe passa a a sua “verdadeira” imagem, até sua revelação.
A história é sobre um rapaz chamado Michael Berg (interpretado pelo jovem ator David Kross, depois substituído por Ralph Fiennes, que não está nada extraordinário mas longe de uma fraca interpretação) que um certo dia se apaixona por uma mulher um tanto mais velha que ele. O primeiro encontro dos dois é, como se fala... coisa do destino. Ele na rua, depois de pegar uma baita chuva, começa a passar mal e tem um encontro com essa mulher, que o ajuda. Logo depois de alguns dias, ele a encontra meio tímido para lhe agradecer por te-lo ajudado naquela ocasião. Após uma conversa, ela pede que ele saia para que se troque. O rapaz sai, mas, pela fresta da porta a vê colocando uma meia-calça. Foi o suficiente para que o inocente menino ficasse louco pela mulher.
Os dois passaram a se encontrar na casa dela… para terem várias horas de sexo, muito sexo. Aliás, tem muitas cenas tórridas no filme. No mínimo uns vinte, vinte cinco minutos de metragem contendo exclusivamente sexo. Mas, antes que me pergunte, as atuações de Kross e Winslet, coordenadas por Stephen Daldry (diretor do longa), em nenhum momento deixam a coisa resvalar para o vulgar, ou para algo de péssimo gosto. Só ajudam a melhor intender o sentimento que eles nutrem um pelo o outro.
Depois de várias semanas, Michael resolver perguntar o nome da mulher. Ela responde que é Hanna, um nome que irá ficar para sempre na mente dele. Depois de um certo tempo, Hanna vai embora sem mais nem menos. Michael, apaixonado, fica a se perguntar (somente por gestos) por que ela teria ido embora. Anos mais tarde (sim, o filme é cheio de elipses), Michael, estudante de direito, acompanha um caso sobre um julgamento de ex-guardas nazistas no campo de concentração que recebiam ordens e as cumpriam sem o menor constrangimento. Uma das guardas é Hanna. A mulher com o olhar sofrido, carente, desamparado; na verdade escondia uma frieza monstruosa. Será?. É isso que Michael (e nós) se pergunta. Até onde podemos nos enganar com as pessoas, ou somos todos iguais?
Na minha opinião, apesar de sua qualidade, o filme está sendo subestimado pela academia, tendo como certo somente o prêmio de Winslet. Mas, com certeza o filme tem tudo pra surpreender o grande público, além de ser mais um grande filme para esse Oscar.
E sim, é mais um filme de Holocausto/nazistas/wathever a concorrer ao prêmio da Academia, que, esse ano não será transmitido pela TV aberta, graças ao desfile das escolas de samba.

The Reader (EUA, 2008)
Diretor: Stephen Daldry
Duração: 124 min
Nota: 9,0

Nenhum comentário: