quarta-feira, 30 de setembro de 2009

MINHA VIDA UM POUCO ASSIM






Meus lp's da Cyndi Lauper, Meu pai com meu sobrinho, o Marcão, gostoso do tio dindo, e eu e minha mãe passeando no shopping... Marcas pra dizer quea gente é normal, pra tornar esse blog bem água de áçucar e pessoal, a gente precisa ser mais humano, e isso ajuda, até!

Off line por uns tempos


Pra não perder a conta a gente postas estas bobagens,
uma fotinha, escabrosa! hahaha

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CLARIANA ROSANA , ela sabe!








Depois dois Van Gogs, claros acasos, tudo vai ser permitido pra acontecer como acontece uma floresta sem chuvas, como caminha uma estrela descalça... O cachorro observa as frutas ao mesmo que o gado se mata na estrada... A pastagem consome lentamente a carne ao mesmo que o vazio aumenta as preces.
E ela não sabia de nada, continuava isolada, o seu tudo era carvão e solidão numa folha feita varrida de pedra, com a mesma paisagem pra admirar todas as tardes que caíam de bruços no sorriso deitado... Ela sabia, e no seu negro rabisco... FEIO, TRISTE, e HORRÍVEL contorcionava letras pra abafar as folhas que sobem da mesma árvore que não se mexe... Que não se muda... Que IRRITANTE não sai do mesmo lugar, e faz de circo a alma dela que não sabia nada!


“Motorista atropela três pedestres e um morre em acidente...” “Preço do petróleo registra queda.” “Polícia apreende dois menores com armas e drogas no subúrbio.” “Confira como está o trânsito na Capital.”
É... Você precisa de uma professora pra saber que a vida é boa. Você precisa de um pouco de água e lodo na palma da mãe pra saber que fortalezas também são frágeis. Estilhaçando abstratos as grades confortam com dedos longos a sugar suaves companhias... Clariana... Rosana... Que HORRIPILANTE, AMEDRONTADOR, e MINÚSCULO é seu polegar infame. Não pensas mais que meia dúzia, não vives mais que um gramado queimado, não padeces mais que uma guerra de televisão.

Ela sabia que não sabia de nada. Nada é prece de quem espera o que não conhece. Saber só o que se quer é LIMITAR um tudo que não existe... Ela sabia que o longe dela ficava a poucos metros. O arroz do chão se colhe ainda no altar em frente aos santos pra que nasçam novos amores de raiz e pedra... Ela sabia que Clariana Rosana emana, a MALDADE eram insetos coagulados nas paredes.
O que fazem? Como vivem e morrem as pessoas sem sonhos?
O que muda? O que agrada e move as pessoas sem sonhos?

“Retomadas as buscas a desaparecidos.” “Ação militar libera seqüestrado.” “Perseguição termina com idosa morta e cinco feridos.” “Marido desiste de processar atriz pornô” “Dia de hoje é regido pelo número da espiritualidade.”

INSONHÁVEL é ser INCOMPATÍVEL com uma maquina que nem funciona mais... Qualquer peça substitui os fluidos e correias de carnes e veias... Clariana nem sabe ligar no botão de ‘off’... Rosana decora manuais ULTRAPASSADOS. Ver gente viva é um desejo que ela ainda CONSOME, saber menos de tudo, e alguns pontos crepúsculos do nada faz sua lógica continuar a MODERNISTA dos séculos. E é assim que o universo se completa em duas pegadas, que a via lactea a e todas as marcas de mundo se explora com sapato de nuvens negras. Qual o segredo para olhar para o lado e ver além? Qual o segredo para conseguir de verdade ser alguém?

"Sobe para 48 o numero de mortes no estado." "Viaje pelas florestas com imagens panorâmicas." "Cientista batiza aranha com nome de estrela do rock." "Estudo detecta vírus que pode ser causa de câncer." "Segundo antiga profecia o mundo deve acabar daqui a 24 horas."

Qual o segredo para olhar para o lado e ver além?
O que fazem? Como vivem e morrem as pessoas sem sonhos?

Douglas Tedesco – 9/9/2009.
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Pra Morrer dois Minutos!


Pra virar o vento a outro norte... Pra outro norte ser a minha estrada... Pra estrada passar sem dor minhas juras... Pras minhas juras não ultrapassarem as colinas que não conheço... Pra que o que não conheço alvoroce e engrene como máquina, flua e percorra lívido como sangue e carne. Não sei quem ligou pra quem, mas estava ela falando com ele, e ele entendia daquelas coisas, só que era um chato. Havia nascido numa cidade de nada, crescido em menos ainda, e se tornara o resto das duas coisas. Ele era o rei, já que tinha três olhos em terra de cegos, e a maestria dos reis estava do lado dele... Ele tinha a sala dele, tinha o grupo dele, tinha as letras dele, tinha o povo dele, tinha o espaço dele, tinha as oportunidades que eram sob medida e beijo para ele... Eu já tinha avisado a ela que ele era um chato, que se achava o tal e que nada era, mas ela insistia, pois o valor das coisas pra ela, estava em não ter valor algum. As asas enfraqueceram desde o último vendaval... O último vendaval deixara não somente as asas fracas... As asas fracas sapateavam terreiros de orgulho... O orgulho esbarrou em um sorriso, encararam-se... Até que ninguém mais suportou o anoitecer dos olhares. Como mais ninguém sonhava com sua morte, ele fazia arte. Fazia porcarias que chamava de arte, eu insisti, disse que eram ruins, que eram egoístas, que não valiam nada, tinham a voz imberbes e os corpos duros, que faziam mil papeia e todos não passavam de um... Mas ela já estava com ele no telefone, eu a frente espetando um resultado positivo, ela negou afirmativas de positividade e disse qu que eles viriam sim. Mas antes de desligar, citou meu nome, e não que nos odiássemos, nos dávamos bem, muito bem até, mas ele não me queria em oportunidades perfeitas, e eu não o queria em qualquer tipo de oportunidade, nem as horríveis! Os sustos seriam todos iguais dali pra frente... A frente do pavor condensado: um doce suspiro... Condicionando suspiros, pra gritarem na hora correta. Correto era conceito lógico de Lauras e Mauras. Todas as lauras, todas as Mauras, e olha que o mundo nem tem tantas assim. Vieram, me cumprimentaram, chateados até o dedão dos cabelos me olharam nojentamente dos pés a cabeça... Era verdade querido, era mesmo, eu estava ali, bem ali, ali e bem! Eu ajudo-os, mas eles não são aquilo tudo, se acham, se querem e prometem demais, profissionalismo de mentirinha que já provei ser verdade! Será que eles sabem que eu sei? E me vou sem mover um músculo, sem oscilar-me um instante diante do que dizem ser loucura... E sem graça, caminho na procissão de funções e cargos, assistir uma coisa sem pé, orelha ou cabeça que eles dizem ser um espetáculo! Pra acabar sem o silêncio rasgar-me... Pra que o silêncio dance euforias nas minhas gargalhadas cinzentas... Pra que o cinza seja o término e eu nem notar que estava sem estar! Douglas Tedesco – 11.09.2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Todos fazem com todos!




- Não meu bem! - E por que não? - Me diga primeiro porque sim. - Por que você é a única que pode fazer isso, sabe disso. - Sim, mesmo assim, não tem lógica... Porque fez isso? - Tax tolo? - Por que? Que que custa? - Me diz primeiro porque tem que ser eu. - Pelo amor de Deus né querida, tu sabes que só tu no mundo pode fazer isso.
- È né, assim mesmo não tem sentido nego... Por que que tu fizesse isso? - Esquece brother! - Pô, qualé? Não ferra! - Antes desembucha tim-tim por tim-tim dessa parada. - Aí, tu sabe que é a minha txutxuca que quebra esse tipo de galho pra mim mina! - Sem crise mano, mas é sem noção essa parada... Por que que tu deixou ela rolar? - O deixe disso bixim! - Posso não, vamo lá!
- Primeiro explique isso meu rei. - Ô xente, cê sabe que nesse nordeste todo, tu é minha arretada que faz isso pro seu cheiro aqui. - Sei sim, e porque cê num se cuidou? Qual foi o motivo docê ter desimbestado disso agora? - Tipo assim cara, não vai dar. - Meu cara, nem zoa. - Ta cara, mas tipo assim, fala mais desse lance. - Meu cara, nem vai dá. Mas tipo assim, tu ta ligada que mais ninguém pode fazer isso né cara. - Beleza cara, mas tipo assim, porque ta rolando esse lance? Ficou totally crazy cara?
- Oh, sinto com pesar mas é impossível Antônio Manoel! - Não me trates assim Joaquina Pedrózia. - Por favor, olhe para meus olhos e me fale amor destes tormentos que lhe acometem a vida. - Relatarei sem pesar mais ao mais tardar, porém faça, pois sem ti nada mais existe. - Sim vida minha, entretanto fala-me que entreveros te levaram ao acaso... Perdeste a lucidez? - Mas bá, te digo que não vai dá. - Poxa, porque guria? - E né, até vou ver, mas tu me fala mais dessa coisa trilegal aí guri.
- Mas bá Tchê, depois te conto guria, mas fazzz pra mim, fazzz. - E né, mas eu to Por toda gauchada querendo saber o que é isso... Tu ta bem mesmo Guri? E demoraram-se pra saber o que havia acontecido, e o meu bem ficou sem socorro, o nego ficou tolo, com o brother não rolou as paradas, o bixim desimbestou, tipo assim, o cara ficou totally crazy, o Antônio Manoelperdeu a lucidez, o guri deixou de ser trilegal... E jamais fizeram ou souberem de mais detalhes.


Douglas Tedesco – 10/2007

Certo ou Errado, mas precisamos!

A modernidade é uma grande companheira... O século XXI é vangloriado e merecedor de todas as carícias e estima pelas benevolências que trouxe com sua chegada, e continua cada vez mais abrindo portas para o novo... No entanto a célebre frase de Lulu Santos: “Eu vejo uma vida melhor no futuro” fica devendo alguns critérios, e vamos nos acostumando a rotina da vida extremamente urbana, onde correr de roupa social e bater o carro quase todo dia é algo normal... E infelizmente é assim mesmo, e a coisa só tende a piorar, ou, de acordo coma letra da música já citada: melhorar.
Agradar a gregos e troianos é impossível... O ideal seria uma era em que o melhor de cada século já passado mesclasse num único elixir de décadas e pudéssemos tentar ser feliz da mesma maneira, mas ai já é pedir demais e nem gênio da lâmpada realiza algo assim. E o fato é de todos os lugares sofrem com estes gostos e contragostos da modernidade mecânica, da cordialidade mínima quase extinta... Ainda sobrevive em alguns pontos, mas está se erradicando, e as tentativas de reativa-la parecem não estar tendo muito sucesso. É normal que esqueçamos das coisas quando atingimos outras, mas as artes de nosso povo é algo extremamente importante: é um meio de comunicação, uma forma de adquirir conhecimento, um entretenimento e por aí afora cheia de adjetivos intermináveis e verdadeiros. Em remotos e passados tempos, existiam mais teatros, mais grupos de teatro, mais cinemas, mais espetáculos, mais arte por onde quer que a gente passasse, no entanto ao invés de evoluir, crescer, estas ferramentas estão apenas desaparecendo... E uma parcela disto se deve as prioridades, arte não é prioridade, mas é importante, porque faz crescer, faz o ser humano primar pelo bem feito, pelo detalhe e constituir uma sociedade ainda melhor, ou seja: EVOLUIR!
Um grande, quase que imensurável e desgraçado problema é que a arte é muito bem vista sim, mas como entretenimento. A arte assim como o resto do mundo também evoluiu, e passou a ser negócio, passou a girar capital na economia mundial, a ser terapia, a influenciar na saúde, no conhecimento, intelectualidade e Q.I. dos habitantes deste nosso planeta terra. Este problema se estende ainda mais quando tratamos do modo de fazer arte: artistas ainda sofrem um preconceito extremo e ridículo, a menos que seja a nível de televisão ou cinematográfico... Mas quem faz teatro é gay ou prostituta, quem faz artes plásticas é louco, viajão, débil-mental... Ressaltando que este autor apenas está divulgando palavras de um apanhado geral popular e desinformado, de gente sem conhecimento sobre arte, pois este autor mesmo é escritor e ator, então não me caberia estar agora se contrariando... Então continuando estas linhas de desprezo a alguns pontos modernistas, digo que a fama é uma grande companheira, pois faça o que fizer, se é famoso “tudo bem”, mesmo que alguém anônimo na multidão seja mais genial, menos óbvio, quem tem mais sucesso, tem mais vez. E ainda tratando do modo como se vê a arte, a maioria da população quase que despreza um curso de teatro, porque julgam que este serve somente para quem quer aprender a atuar, mas tiremos as vendas da ignorância, um espelho de banheiro e um curso de teatro é imprescindível sim para quem quer ser ator, mas também é ótimo na vida daqueles que querem melhorar os relacionamentos, aprender a ter mais jogo de cintura na sociedade em geral, aprender a expressar ou esconder suas emoções e sentimentos, aprender a conviver melhor na sociedade e consigo mesmo de forma mais saudável. É tão difícil entender, e porque as mídias de sucesso não dão uma força para a propagação destas artes? Medo? Há público para todos, ou seria falta de tempo, devido a imensa quantidade de barbaridade comercial que tem de ser posta no ar? Sem respostas, lamentemos novamente, visto que a arte é do povo para o povo, para ser assistida desde o subúrbio até o mais alto escalão financeiro... Para ser discutida, contemplada, reflexiva, incentivadora, consciente, e não sinônimo de ostentação de riquezas e poder, não programa de elite, pelo contrário, é para unir as classes, e de qualquer forma, mas sadia e certa, que aconteça porque nós precisamos! Então eu suplico em uníssona oração a todas as crenças: faça quem pode promover mais arte, ter ciência e gosto por isso, porque não é tão difícil, e podemos criar a partir daí uma legião da humanidade ainda mais humana e fazer deste mundo um só, e com a minha arte, a sua arte, a arte nossa, a arte de todos fazer um mundo mais compreensivo, mais evoluído... E claro: moderno!

Por Douglas Tedesco